Data visita: 16/03/2021
Descrição da visita: Avaliação de pastagens, aguadas, cochos de sal mineral e animais no retiro 2.
Pasto MG5
Pasto MG5: Excelente modelo de cocho para gado de corte. São 8 m de acesso, alta capacidade de armazenamentos nas vigotas abaixo do telhado e em caso de proteico/energético alto volume de fornecimento (cocho largo e profundo).
- Suporta 160 animais (5 cm/cab) consumindo suplementos de linha branca (suplementos de baixo consumo, até 100g/d)
- Suporta aproximadamente 60 animais (12 a 15 cm/cab) consumindo suplementos proteicos/energéticos (100 a 700g/d)
No dia da visita observamos 60 garrotes de aproximadamente 12@ consumindo aproximadamente 138 g/cab/dia do Flex.
Sugestões:
- Modelo de cocho pode ser replicado aos demais pastos
- Programação para adaptação dos animais a entrada da seca
Com o final das águas e início da seca entramos em um período de transição, período em que a qualidade nutricional das plantas forrageiras cai, principalmente em proteína, energia e digestibilidade. Proteína bruta por exemplo, no período de águas é em média próximo aos 10%, podendo variar de 8 a 12% dependendo das condições do clima e adubações. Mas na seca diminuiu para aproximadamente 7%, podendo variar entre 5 e 9% na maioria das regiões brasileiras.
Dessa forma, precisamos substituir os suplementos minerais utilizadas nas águas por aqueles indicados para seca. O ideal é começarmos a adaptação em maio, período que ocorre redução das chuvas e o fotoperíodo é decrescente. Essas duas condições estimulam a maiorias das plantas a iniciarem o ciclo reprodutivo. Dessa forma, a demanda de nutrientes é para produção de sementes, diminuindo a qualidade e a quantidade de folhas novas, diminuindo a digestibilidade das pastagens.
Os produtos indicados para seca são: PB 35%, 45% ou Mixfós Seca.
- Garrotes de 12 – 13 @:
Adaptação do Flex para o PB 35% em maio. Após adaptação serão aproximadamente 150 dias de consumo, ou enquanto durar a seca. Com ganho médio de 400 g/d (podendo ser maior ou menor dependendo da oferta de capim), chegarão no início das águas (outubro) com 14 – 15 @ e novamente faremos a adaptação para o produto engorda, que pode ser utilizado até o dia do embarque. Em condições mais extremas de seca, com oferta de forragens com 5% de PB e baixíssima digestibilidade podemos optar pelo PB 45%, suplementando um pouco mais de proteína.
- Garrotes de 12 – 13 @:
Adaptação do Flex para o Mixfós Seca em maio. Após adaptação serão aproximadamente 150 dias de consumo, ou enquanto durar a seca. Com ganho médio de 550 g/d (podendo ser maior ou menor dependendo da oferta de capim), chegarão no início das águas (outubro) com 15 – 16 @ e novamente faremos outra adaptação, agora para o produto engorda, que pode ser utilizado até o abate dos animais ou dependendo das condições de mercado, podemos realizar a terminação com confinapasto para obtermos um abate com mais peso de carcaça e acabamento, resultando num melhor rendimento.
Pasto MG5
Pasto MG5 – Excelente oferta de forragem associada com mineral proteico apresentou garrotes com ótimo escore corporal e desempenho.
Pasto Ipê
Pasto Ipê: Forma de 2020/21 com grande quantidade de forragem, estratégia de veda para acúmulo nas águas e utilização na seca.
Como podemos observar, existe uma grande quantidade de folhas, porém de baixa qualidade. A utilização de um produto de seca nessas condições é indicada, mesmo estando no período de águas. A grande presença de inflorescência é sinal que o capim passou do estágio vegetativo (produção de folhas e ocupação de área) para o reprodutivo (talo com florescência e sementes). Nesse estágio, além de diminuir a qualidade nutricional (PB, NDT e digestibilidade), a presença de talo atrapalha o consumo, dificultando os animais cortarem até a altura de saída, ideal para o rebrote de qualidade, que nesse caso seria de aproximadamente, 45-60 cm.
Sugestões:
Uma ótima estratégia nessas condições é trabalhar com animais mais pesados, mas que não estejam em fase de acabamento. Ou seja, o capim está muito duro para animais jovens e de baixa qualidade para animais em fase de engorda/terminação. Garrotes de 11 a 14 @ consumindo o PB 35 ou 45% é a categoria que se enquadra melhor nessas condições de pastejo.
Pasto Pajaú
Pasto Pajaú: Garrotes consumindo Mixfós Flex com excelente escore de fezes, animais bonitos, sadios, com bom escore corporal e sem presença de parasitas.
Pasto formado na grande maioria com Brachiaria Humidícola e com infestação mediana de plantas daninhas, pragas moles e duras. A roçagem logo após a retirada dos animais é uma boa sugestão para controle parcial e no início das águas realizar aplicação de herbicida para controle de pragas moles.
Pasto de frente à casa de sal
Pasto de frente à casa de sal: Alta infestação de capim PT.
Conclusão:
Fizemos uma visita bastante produtiva no retiro dois, tiramos dúvidas com os funcionários de manejo dos pastos, controle do consumo de sal mineral e avaliamos as condições das pastagens, cochos de sal, aguadas e animais do retiro. Embasado no que vimos pudemos sugerir alguns manejos e indicar produtos adequados para cada situação.
Agradeço a todos da Faz. Campos Belos pelo apoio nesta visita.
Paulo Augusto